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Fita cassete, a revolução e vendas no mercado musical que duraram por mais de três décadas

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Oficialmente lançada em 1963, e inventada pela empresa neerlandesa Philips, a fita cassete sobreviveu por mais de três décadas e foi utilizada não só nas casas das famílias, mas também por DJs e emissoras de rádio. Podemos lembrar que, além da Philips, logo depois vieram outras marcas como Sony, Basf, TDK, Scotch 3M, Vat, Maxell, entre outras.

A fita cassete (do inglês compact cassette), ou simplesmente cassete, abreaviado K7, é um padrão de fita magnética para gravação de áudio que teve o seu auge entre o começo da década de 1970 até o início da década de 1990.

O que ajudou para o crescimento de mercado foram as vendas de conjuntos integrados, chamados no Brasil de ‘3 em 1’, e que tinha um receptor FM, toca-discos para vinil e um gravador cassete.

Entre as marcas de aparelhos profissionais chamados de Tape Decks, estão Technics, Akai, Pioneer e as brasileiras Gradiente, Polyvox e CCE. O Walkman, tocador de áudio portátil pertencente à Sony, criada em 1979 no Japão, também se tornou bastante popular em todo o mundo.

Na época, principalmente na década de 80, quando não tinha um DJ para manipular os toca-discos no evento, os jovens gravavam suas principais músicas nas fitas cassetes com o grupo de amigos, e realizavam as suas festas.

O cassete era um dos dois formatos mais comuns por ter a possibilidade de se gravar e reproduzir som, junto aos discos de vinil (compactos e LPs). Entretanto, as vendas foram superadas pelas dos CDs durante a década de 1990.

O DJ Lucio K que utilizou a fita cassete para suas produções, no começo da carreira, explicou sobre uma modificação que era feita no tape deck para realizar mixagens através do aparelho. “Pois é, comecei com 15, 16 anos, a usar deck cassete e logo a gente aprendeu a fazer montagem no deck, que tinha que abrir o deck, quebrar uma trava que não permitia que o botão rec (record – tecla de gravação) descesse quando o play tivesse tocando. E daí a gente fazia essa modificação para poder segurar o play com o dedo e apertar o rec com o outro para fazer as montagens. Era basicamente isso aí, você ouvia o que o tape deck estava tocando, ouvia o toca disco no fone, igualava, e apertava o rec. A partir dali, podia seguir uma montagem perceptível, de poder continuar uma música e tal, e aí comecei a fazer as montagens em tape deck”, disse Lucio.

O disc jockey contou também sobre a migração para um aparelho para tocar cassetes com mais tecnologia. “Comecei com um tape deck Polyvox, mas logo consegui um Akai modelo Cs M40r, que foi um salto de qualidade”, finalizou o DJ.

DJ Lucio K em seu estúdio, em Salvador, no ano de 1989. Foto: Arquivo pessoal
Akai modelo Cs M40r. Foto: Redes sociais

Fita cassete

O cassete era constituído basicamente por dois carretéis, a fita magnética e todo o mecanismo de movimento da fita alojados em uma caixa plástica. Isso facilitava o manuseio e a utilização, permitindo que a fita fosse colocada ou retirada em qualquer ponto da reprodução ou gravação sem a necessidade de ser rebobinada como as fitas de rolo. Com um tamanho de 10 cm x 7 cm, a caixa plástica permitia uma enorme economia de espaço e um excelente manuseio em relação às fitas tradicionais.

Vídeo do arquivo de fitas do DJ Lucio K:

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